Diante
de nós está a celebração do maior evento da fé cristã: paixão, morte e,
principalmente a ressurreição de Cristo. Em nenhuma religiosidade existe algo
similar, um Deus que se faz homem, assume a si a culpa de todos os erros de sua
criatura humana, se entregando em seu lugar ao calvário da cruz. Nada igual se
viu ou se verá, sendo esta A MAIOR MANIFESTAÇÃO DE AMOR QUE O MUNDO pode
observar. Sendo este ato suficiente para a salvação e perdão de todo o que crê.
Contudo
algumas considerações mais podemos fazer, com o intuito de identificar o
sentido que este evento tem a nós hoje. Não
é coincidência Deus ter planejado a ressurreição de Cristo justamento nas
festividades da Páscoa, que no hebraico “pessach”, passagem. Foi uma escolha
pedagógica. Relembrando a libertação da escravidão do Faraó e do Egito, Jesus
morreu para salvar da escravidão do pecado, da morte, do mundo, do diabo e do
inferno. Assim a celebração pascal acontecia anualmente, como memorial da ação
de Deus em pról de seu povo, tanto por Israel, quanto no desenrolar da Primeira
Igreja. E todo o povo do menor ao maior Glorificava a Deus pela sua ação na
história
Hoje,
como em outras festas cristãs, o secularismo tenta nos tira o sabor e sentido
destas festas. Em voga estão os ovos de chocolate e o coelhinho, como em outros
períodos, os presentes e o papai-noel, e nossa comunidade
e sociedade ao qual estamos inseridos confunde-se, sendo capazes de festejar
esses eventos sem ao menos citar o nome de Deus.
Contudo,
particularmente, não entendo ser nem o secularismo, nem seus fetiches com os
responsáveis pelo enfraquecimento das celebrações e sim, nós, a própria Igreja,
que não valorizamos o período pascal e suas ações pedagógicas como convém. Que
muitas vezes, copiando pensamentos mais pessimistas, simplesmente ignoramos
tais festas, relativizando sua importância histórica. Ou ainda, porque não
anunciamos com nossa voz profética que a Páscoa não é ovo, nem coelho, mas
Jesus que morreu e ressuscitou para Salvação do mundo.
Desta
forma, conclamamos a toda igreja metodista em Vilhena e os demais Cristãos a
aproveitarmos a oportunidade de anunciar Jesus. Sem a preocupação de boicotar a
data, aos ovos de chocolate ou a comida deste período, se ocupando apenas em
vivenciar intensamente este tempo e onde estivermos, proclamarmos o verdadeiro
sentido da páscoa.
REV. FÁBIO CACHONE